Casamento Indissolúvel à Luz da Bíblia: Um Compromisso Inabalável



Introdução

O casamento é uma instituição sagrada, celebrada desde a criação, que traz consigo a promessa de amor, compromisso e fidelidade. A Bíblia, como guia espiritual para milhões de pessoas em todo o mundo, oferece princípios claros sobre o casamento e o divórcio. Neste artigo, exploraremos as razões bíblicas que sustentam a indissolubilidade do casamento, mesmo diante da quebra da fidelidade conjugal.

Casamento: Um Vínculo Divino

Desde o início da criação, o casamento foi concebido como um laço íntimo e indissolúvel. Gênesis 2:24 declara: "Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Esse versículo ressalta a união profunda entre marido e esposa, indicando que se tornam uma só entidade perante Deus.

A Dimensão Espiritual do Compromisso Conjugal

O casamento é frequentemente comparado à relação entre Cristo e a Igreja na Bíblia. Efésios 5:25 reforça essa analogia: "Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela." Assim como Cristo demonstra amor incondicional à igreja, os cônjuges são chamados a amar e se comprometer um com o outro de maneira sacrificial.

A Admoestação Contra o Divórcio

Em meio às adversidades, a Bíblia orienta os casais a permanecerem unidos e enfrentarem desafios juntos. Marcos 10:9 ressalta: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." Esta passagem enfatiza a vontade divina de que o vínculo matrimonial seja preservado, independentemente das dificuldades.

A Questão do Adultério

O adultério é uma quebra grave da fidelidade matrimonial, mas a Bíblia não deixa espaço para o divórcio como resposta automática. Mateus 19:9 afirma: "Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério." A exceção mencionada aqui não encoraja o divórcio, mas reconhece a dor do adultério e a complexidade da situação. Também não incentiva a aquisição de um novo casamento.

O texto bíblico mencionado, é parte do ensinamento de Jesus sobre o casamento e o divórcio. Para compreender esse versículo à luz da cultura judaica da época, é importante considerar o contexto histórico, cultural e religioso em que Jesus proferiu essas palavras.

Na cultura judaica do século I, o casamento era considerado um compromisso sério e sagrado, e o divórcio não era uma questão trivial. A Lei de Moisés, encontrada no Antigo Testamento, continha diretrizes específicas sobre o divórcio, que eram seguidas por muitos judeus. Deuteronômio 24:1-4 estabelecia algumas regras para o divórcio, permitindo que um homem despedisse sua esposa por algum motivo de "coisa indecente" (algumas traduções usam a palavra "nudez"), que se referia a uma falha moral ou imoralidade conjugal.

No entanto, havia diferentes interpretações dentro da comunidade judaica sobre o que exatamente constituía essa "coisa indecente". Algumas escolas de pensamento judaicas permitiam o divórcio por motivos relativamente leves, enquanto outras adotavam uma visão mais restritiva. Nesse contexto, Jesus estava respondendo a uma pergunta dos fariseus sobre o divórcio, buscando esclarecer sua posição sobre o assunto.

Quando Jesus disse que qualquer um que repudiasse sua esposa, exceto por causa de fornicação, e se casasse com outra, cometeria adultério, ele estava enfatizando um ponto importante. A palavra grega usada para "fornicação" é "porneia", que se refere a atividades sexuais ilícitas, incluindo adultério. Jesus estava indicando que a única justificação aceitável para o divórcio era a infidelidade conjugal, o que incluía o adultério.

Essa abordagem diferenciou-se das interpretações mais permissivas da época e enfatizou a importância da fidelidade no casamento. Jesus estava elevando o padrão moral e enfatizando a seriedade do compromisso matrimonial. Para Jesus, a indissolubilidade do casamento era o ideal, e o divórcio era uma concessão apenas em casos de infidelidade grave.

Em resumo, o versículo de Mateus 19:9 reflete o ensinamento de Jesus sobre o divórcio na cultura judaica da época, destacando a importância da fidelidade matrimonial e estabelecendo uma exceção para o divórcio em caso de fornicação (adultério). Isso representava uma perspectiva mais rigorosa em comparação com algumas interpretações contemporâneas, buscando preservar a santidade do casamento e reforçar a responsabilidade dos cônjuges.

Perseverança e Restauração

Ao enfrentar as consequências do adultério, a Bíblia insta os cônjuges a buscar a restauração e a reconciliação, em vez de se apressarem em dissolver o casamento. 1 Coríntios 7:10-11 aconselha: "Quanto aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; e, se ela vier a apartar-se, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher."

O versículo 10 começa com Paulo afirmando que ele está dando uma instrução do Senhor, indicando que suas palavras têm uma autoridade divina. Ele diz: "Quanto aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido." Aqui, Paulo está reforçando a ideia da indissolubilidade do casamento, alinhando-se com os ensinamentos de Jesus sobre o assunto (como mencionado anteriormente em Mateus 19:6-9).     Paulo continua, dizendo que se a mulher decidir se separar do marido, ela deve permanecer sem casar novamente ou buscar a reconciliação com o marido. "¹¹ (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. " Esse conselho reflete a preocupação de Paulo com a santidade do casamento e com a preservação da unidade familiar. Ele está enfatizando que a separação deve ser uma medida extrema e que a reconciliação é preferível.

Paulo também dirige uma mensagem aos maridos: "E que o marido não deixe a mulher." Com isso, ele está equilibrando a responsabilidade dentro do casamento. A cultura da época muitas vezes dava aos maridos um poder unilateral sobre o divórcio e a separação, mas Paulo está incentivando os maridos a também serem comprometidos com a estabilidade do casamento. Portanto, o versículo 1 Coríntios 7:10-11 expressa a posição de Paulo em relação ao casamento e à separação. Ele está enfatizando a importância de manter a unidade conjugal e a busca pela reconciliação, ao mesmo tempo que direciona as mulheres ( consequentemente também o marido) a permanecerem sem casar caso optem por se separar. A mensagem central é a valorização da família e do compromisso matrimonial, em linha com os princípios cristãos da palavra de Deus.

Conclusão

O casamento é um pacto divino, uma aliança de amor e compromisso que merece ser preservada, mesmo quando a adversidade se instala. A Bíblia, como um guia espiritual, apresenta princípios claros que exortam os cônjuges a permanecerem fiéis um ao outro e a buscarem a restauração em meio às dificuldades, em vez de recorrerem ao divórcio de maneira precipitada. Ao seguir esses princípios, os casais podem encontrar força, renovação e bênçãos abundantes em seu casamento.


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Casamento Indissolúvel à Luz da Bíblia: Um Compromisso Inabalável Casamento Indissolúvel à Luz da Bíblia: Um Compromisso Inabalável Reviewed by Redação on agosto 14, 2023 Rating: 5

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