O nome do Senhor revela sua glória | O que significa o texto de Êxodo 33:18,19?

    O nome do Senhor revela sua glória | O que significa o texto de Êxodo 33:18,19?

    Quando Moisés estava na presença de Deus intercedendo pelo povo de Israel, rogou ao Senhor para ver a sua glória, e Deus o respondeu que lhe mostraria a sua bondade e o seu nome, essa foi a resposta de Deus. A glória de Deus está contida no nome de
Deus.

“Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êxodo 33:18,19), e então no capitulo 34, vemos Deus colocando Moisés entre a fenda de uma rocha, passando com sua glória e ao mesmo tempo proclamando o nome do Senhor, a versão Católica, traduz Êxodo 34. 6 e 7 da seguinte forma: “O Senhor passou diante dele, exclamando: "Javé, Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade, que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração” (Êxodo 34:6,7). 
    Percebemos que Deus faz a exclamação de seu nome. A glória de Deus é proclamada por ele, quando diz seu nome a Moisés. Gostaria de citar outra versão aqui, do mesmo versículo 6, a Nova Versão Internacional em português traduz: “E passou diante de Moisés, proclamando: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio       de       amor       e       de       fidelidade,    que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. (Êxodo 34:6,7). A glória do Senhor é revelada em seu nome, que tem as seguintes características:

Deus compassivo 

    Compadecer significa  "sofrer com". O termo “compaixão” deriva de duas palavras latinas: “cum” e “patire”. “Cum” significa “com” e “patire” indica “sofrer”. Pela etimologia da palavra, poderemos dizer que a compaixão é a capacidade que uma pessoa tem de sofrer com outra. Ter compaixão significa compartilhar o sofrimento dos outros,  não ser indiferente ao sofrimento. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou más, porém, ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro. Quando Moisés ouve o nome do Senhor, percebe quem é Deus. Pois no contexto bíblico, os nomes revelavam as características das pessoas e Deus se revela como aquele que sofre os nossos sofrimentos, que sente o que passamos, ele conhece a necessidade, os sofrimentos, os sentimentos e as lutas de cada um de seus filhos.

Misericordioso 


    Deus é cheio de misericórdia, essa palavra misericórdia vem do latim - derivado de “miserere”– de onde vem a palavra miséria, que se refere à  pobreza, e “ cordia” de onde vem a palavra coração, assim, “misericórdia” quer dizer colocar-se na mesma miséria de coração de outra pessoa, está intimamente ligada com a palavra anterior que vimos “ compaixão”. 
    Revelar o nome de Deus como misericordioso, significa que Deus coloca-se nos mesmos sentimentos do homem, ou percebe nossa miséria, nossa pequenez, e se esvazia da sua glória para ser pequeno como nós, como homem e assume nossa miséria, que é nosso estado de pecadores, assumindo nosso castigo na cruz. 
    O apóstolo Paulo declarou: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus    era    algo    a    que    devia    apegar-se;   mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! ” (Filipenses 2:5-8), essa é a expressão máxima da misericórdia de Deus.
     Quando falamos da misericórdia de Deus, falamos da sua disposição em perdoar e nos santificar, afim de sermos filhos dele, que se relacionam com um Pai Amoroso. Para John Wesley, fundador do metodismo, o Filho, Jesus, provou a morte por todos, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando os seus primeiros delitos. Deus concede o perdão dos pecados e a nossa reabilitação à sua graça. A santificação é o fruto imediato da justificação. A justificação implica no que Deus faz por nós em seu filho. Wesley diz em um dos seus sermões: “ É também muito mais fácil admitir, que provar pela escritura, que a justificação é o livramento da acusação produzida contra nós, pela lei: ao menos, se este modo forçado e artificial de falar significa mais ou menos que isto – visto que transgredimos a lei de Deus e por isso merecemos a condenação do inferno, Deus não inflige aos que são justificados a punição que tinham merecido”.
    Deus o Santo Juiz, pagou por nós a culpa na cruz de Cristo. Porque Deus nos ama, paga a dívida do pecado. Por causa da misericórdia, Deus nos torna livres da culpa que nos é revelada pela lei. Isso se chama justificação. Este livramento ocorre através da aceitação do sacrifício de Jesus em nossas vidas. E assim, nenhuma condenação existe para aqueles que estão em Cristo (Rm 8.1) e Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores ( Rm5.8). No contexto de Moisés ele percebe no nome de Deus a disponibilidade de ver a miserável situação de pecado de Israel e perdoar seu povo.
 

Paciente 

       Deus não desanima, ele espera o arrependimento de seus filhos, pois não tem prazer na condenação de seus filhos pelos seus erros, mas deseja o arrependimento de cada um. “Livrem-se de todos os males que vocês cometeram, e busquem um coração novo e um espírito novo. Por que deveriam morrer, ó nação de Israel? Pois não me agrada a morte de ninguém; palavra do Soberano Senhor. Arrependam-se e vivam! (Ezequiel 18:31,32).         Paulo escreve a Timóteo que Deus deseja que todos os homens sejam salvos a cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2.4).

Cheio de amor

    Deus é cheio de amor, ele é um Pai amoroso, faltariam livros para descrevermos seu amor, pois ele é o próprio amor. “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4:8). A condição para sermos iguais ao nosso Pai Celeste é o amor incondicional, como Jesus declarou: “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mateus 5:44-48).

Fidelidade 

     Deus é fiel, ele não nega a si mesmo, ele não nega a sua palavra e é sempre o mesmo.
Ele é um Deus perdoador, que mantêm o seu amor, o culpado não é inocente aos olhos dele, mas ele se fez culpado por amor do pecador, para que tivéssemos perdão na cruz de Cristo.
 
    Todas as características do nome de Deus, fazem parte do seu caráter, e todas elas foram manifestas em Jesus na terra, o evangelho de João declara no capítulo 1, verso 14, que “o Verbo (se referindo a Deus) se fez carne, habitou entre nós cheio de graça e de verdade e vimos a sua glória”, Jesus revelou a glória de Deus em sua vida, ele manifestou o Pai na terra, e seu nome traz a nós a glória de Deus.

    A glória de Deus é manifesta em Jesus, e o Pai é revelado na vida do Filho na terra, Jesus declarou: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras” (João 14:7-10).

    O nome de Deus é santificado em nossas vidas, como o Filho Jesus santificou pelas suas obras, nós o santificamos expressando as mesmas características pelo fruto do Espírito Santo. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gálatas 5:22,23).     A glória de Deus, santifica o nome dele, em nossas vidas, através do fruto do Espírito Santo. Nosso comportamento vai revelar nossa filiação, nos tornaremos parecidos com o nosso Pai, pelo fruto do Espírito, pois o Espírito dele habita em nós. Então santificar o nome do Senhor é viver as características do nome do Senhor em nosso comportamento, uma vida diferente das demais pessoas do mundo, uma cultura nova, vinda do reino, onde o amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e o domínio de nossas atitudes se fazem presentes.

Conclusão

    Que o nome de Deus, seja santificado na vida de seus filhos pelo Espírito Santo. Que pareçamos com Jesus , e que seu nome seja visto em todas as nossas características de filhos. Que possamos, ao orar, declarar a paternidade de Deus dizendo: “Santificado seja o teu nome, cheio de compaixão (compassivo), misericordioso, paciente, cheio de amor, fiel e perdoador! E que sejamos assim como nosso Pai, pelo fruto de seu Espírito Santo em nós”.

Pr Welinton
 
O nome do Senhor revela sua glória | O que significa o texto de Êxodo 33:18,19? O nome do Senhor revela sua glória | O que significa o texto de Êxodo 33:18,19? Reviewed by Redação on maio 20, 2021 Rating: 5

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